quarta-feira, 29 de abril de 2009

pesquiza sobre Paideia!

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É na Grécia que começa a "História da Educação" com sentido na nossa realidade educativa actual. De facto, são os Gregos quem, pela primeira vez, coloca a educação como problema. Já na literatura grega se vêm sinais de questionamento do conceito, seja na poesia, seja na tragédia ou na comédia. Mas é no século V a. C., com os Sofistas e depois com Sócrates, Platão, Isócrates e Aristóteles que o conceito de educação alcança o estatuto de uma questão filosófica.

É claro que os ideais educativos da paideia que vão ser desenvolvidos no século V a. C. se baseiam em práticas educativas muito anteriores. Como sublinha Werner Jaeger, grande estudioso da cultura grega, num célebre estudo justamente intitulado Paideia

"Não se pode utilizar a história da palavra paideia como fio condutor para estudar a origem da educação grega, porque esta palavra só aparece no século V" (Jaeger, 1995: 25).

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Inicialmente, a palavra paideia (p a i d e i a), (de paidos - p a i d o s - criança) significava simplesmente "criação dos meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) Arete

O conceito que originalmente exprime o ideal educativo grego é o de arete (arete). Originalmente formulado e explicitado nos poemas homéricos, a arete é aí entendida como um atributo próprio da nobreza, um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais tais como a bravura, a coragem, a força, a destreza, a eloquência, a capacidade de persuasão, numa palavra, a heroicidade.

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) Kaloskagathia

O alargamento do ideal educativo de arete surgiu nos fins da época arcaica, exprimindo-se então pela palavra kaloskagathia (kaloskagathia).

Mais que honra e glória, pretende-se então alcançar a excelência física e moral. Os atributos que o homem deve procurar realizar são a beleza (kalos - kalos) e a bondade (kagatos - kagatos).

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Para alcançar este ideal é proposto um programa educativo que implica dois elementos fundamentais: a ginástica para o desenvolvimento do corpo, e a música (aliada à leitura e ao canto) para o desenvolvimento da alma. No fim da época arcaica, este programa educativo completava-se com a gramática.

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) Paideia

Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação do homem individual como kaloskagathos, a partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de ser suficiente.

É então que o ideal educativo grego aparece como Paideia, formação geral que tem por tarefa construir o homem como homem e como cidadão. Platão define Paideia da seguinte forma "(...) a essência de toda a verdadeira educação ou Paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento" (cit. in Jaeger, 1995: 147).

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Do significado original da palavra paideia como criação dos meninos, o conceito alarga-se para, no século IV. a.C., adquirir a forma cristalizada e definitiva com que foi consagrado como ideal educativo da Grécia clássica.

Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paidéia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo Paideia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os Gregos entendiam por Paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).

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Na sua abrangência, o conceito de paideia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares. A Paideia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158).

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) A educação antiga

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O Tesouro de Atenas

A educação antiga não era um sistema desenvolvido nem rigidamente definido.

Em geral, até aos sete anos, as crianças eram educadas no gineceu, na companhia da mãe e das outras mulheres da casa. Depois dessa idade, as raparigas continuavam em casa, onde aprendiam os trabalhos domésticos e música.

Para os rapazes, entre os 7 e os 14 anos, embora não houvesse um programa obrigatório, o ideal era que fossem ocupadas na prática da Ginástica (gymnastiké) e da Música (mousiké).

Para além dos professores de ginástica ou paidotribés (paidotribes) e dos de música ou kitharistés (kitharistes), no final do século V a.C. surge a figura dos grammatistés (grammatistes) para ensinar as crianças a escrever e a ler.

Todos estes professores eram contratados directamente pela família o que faz com que a educação que cada criança recebia dependesse directamente da vontade e da capacidade financeira da família.

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) Programa de estudos

Nas palestras, os rapazes aprendiam a ler, a escrever, a contar e a recitar de cor os poemas antigos (principalmente Homero e Hesíodo), cuja tradição heróica encerrava um elevado conteúdo moral.

Estudavam música, aprendendo a tocar pelo menos a lira e iniciavam-se nos exercícios atléticos. Os mais ricos tinham um escravo ao seu serviço - pedagogo - que os acompanhava e, certamente, os ajudava ou mesmo obrigava a repetir as lições.

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Um pedagogo acompanhando o seu pequeno discípulo à palestra

Aproximadamente com 16 anos de idade, os rapazes ficavam livres dos cuidados do pedagogo e interrompiam os estudos literários e musicais.

A educação da palestra era então substituída pela do ginásio. Aí continuavam a cultivar a harmonia do corpo e do espírito. Diariamente, depois da educação física, passeavam nos jardins do ginásio, dialogando com os mais velhos e com eles aprendendo a sabedoria e a arte de discutir as ideias.

Depois dos 20 anos, o jovem tinha dois anos de preparação militar, finda a qual se tornava cidadão.

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) O dia de uma criança grega

  • Mal o dia surgia, o rapaz acordava e o pedagogo que, com a sua lanterna, o ajudava a lavar-se e a vestir-se;
  • Após a refeição da manhã, o pedagogo acompanhava o rapaz à palestra onde ia aprender música e ginástica;
  • Depois de um banho, o rapaz regressava a casa para almoçar;
  • À tarde regressava novamente à palestra para ter agora lições de leitura e escrita;
  • De regresso a casa, e sempre acompanhado pelo pedagogo, o rapaz estudava as suas lições, fazia os trabalhos de casa, jantava e ia deitar-se.
  • Não existiam fins de semana nem férias, excepto os frequentes dias de festivais religiosos ou cívicos, que constituíam bons dias de descanso para os jovens gregos (cf. Castle, 1962: 65).

bolinhasgiras.gif (1969 bytes) Educação moral

"Um dos principais fins da educação consiste em formar o coração da criança. Enquanto ela se faz, os pais, o preceptor, os parentes, os mestres fatigam-na com máximas habituais, cuja impressão tais educadores enfraquecem pelos próprios exemplos. Por vezes, as ameaças e os castigos afastam a criança das verdades que ela devia amar." (Barthélemy, s/d: 36).

De facto, a educação moral do jovem grego resultava do contacto directo da criança com o pedagogo, do jovem com o ancião, do menino com o adulto. Todos os mestres se uniam para dar à criança exemplo de dignidade de gestos e de maneiras, de polidez e elegância na conduta, de respeito pelas leis da cidade e pelos mais velhos. Eles ofereciam-se como modelo vivos dos quais as crianças se deviam aproximar através da imitação consciente e inconsciente, favorecida pela convivência constante.

Mesmo a ginástica e a música tinham fins morais

A ginástica visava o domínio de si e a sujeição geral das paixões à razão. O objectivo era desenvolver qualidades como a paciência, a tolerância, a força, a coragem, a lealdade, a devoção e a consideração dos direitos dos outros.

"Eles (os mestres de música) familiarizam as almas dos meninos com o ritmo e a harmonia, de modo a poderem crescer em gentileza, em graça e em harmonia, e a tornarem-se úteis em palavras e acções; porque a vida inteira do homem precisa de graça e de harmonia." (Platão, cit. in Monroe, 1979: 49).

Uso das Cores

A Cor

A cor é um elemento decorativo muito apreciado e de fundamental importância no processo de Comunicação Visual. Ela chama a atenção, desperta sensações e influencia o cliente em potencial, estimulando-o positiva ou negativamente.
Várias disciplinas fazem estudos sobre as cores - física, química, fisiologia e psicologia. Mas é nas aplicação artística que temos mais interesse. Conhecer a cor em outras disciplinas é interessante, mas não é essencial para que utilizemos um esquema de cores adequado ao nosso projeto.
Neste ensaio, vamos descobrir que a escolha das cores também pode ser realizada com alguma técnica, visando atender a nossos objetivos. Assim, expandimos nossas possibilidades para além de gostos pessoais, seja de nosso cliente, do designer ou nossos gostos pessoais.
Alguns fatores que determinam, ou influenciam, os significados das cores:
Suas próprias características e propriedades.
Gosto pessoal.
Fatores culturais e psicológicos.
Moda.
Natureza do objeto.
Características e propriedades das cores
A cor é caracterizada por três fatores:
Matiz: Propriedade da cor que dá origem a seu nome e a diferencia de outras (azul, amarelo, vermelho, etc.). O arco-íris é a decomposição da luz branca do sol e contém todos os matizes.
Brilho, luminosidade ou intensidade: Quantidade de luz que cada cor possui. Depois do branco, o amarelo é a cor que tem mais luminosidade. O negro é a ausência de luminosidade.
Saturação: Grau de pureza de cada cor. Dizemos que uma cor é pouco saturada quando apresenta muito cinza na sua composição, como é o caso das cores pastel.
Classificação das Cores
As cores podem ser classificadas também de acordo com a sua origem:
Cores-pigmento: Elas são encontradas nas tintas. Quando misturadas, sempre escurecem. Em uma construção, o arquiteto deve ficar atento, pois se um ambiente for pintado com tinta composta de muita mistura, a tendência é obter um ambiente mais escuro.
Cores-luz: Holofotes ou spots com luzes de diversas cores são o exemplo prático desse conceito. Quando a luz verde e a luz vermelha são acesas juntas, tendem a reproduzir a luz branca. O mesmo fenômeno ocorre com as luzes azul e laranja. Quando holofotes de várias cores são acesos ao mesmo tempo, como num show de música ou no teatro, o resultado é a luz branca, que pode ser vista no meio do palco.
As cores, de acordo com sua mistura, podem ser:
Cores primárias: Cores sem mistura e que, portanto, não podem ser subdivididas em outras. No caso de cores-pigmento, as cores primárias são o azul, o amarelo e o vermelho (cores primárias subtrativas - quanto mais adicionamos cor-pigmento, menos luz chega a nossos olhos). Para as cores-luz, porém, as primárias são o verde, o azul e o vermelho (cores primárias aditivas).
Cores secundárias: Cores que resultaram da mistura das cores primárias, natural ou artificialmente, como verde, roxo, laranja etc.
Quando pensamos em combinar cores, é importante saber:
Cores contrastantes: São as cores com matizes muito distantes. O verde é o oposto do vermelho, o azul do laranja e o roxo do amarelo. Cuidado ao utilizar essas combinações. Elas são boas para chamar a atenção, pois são vibrantes, alegres e estimulantes, mas podem resvalar facilmente para o mau gosto. Materiais destinados a crianças, para jovens ou de apelo popular podem usar com bons resultados essas combinações.
Cores análogas: Combinação de cores próximas, como azul e lilás, vermelho e laranja, azul e verde. São combinações mais fáceis de fazer, não chocam, pois a harmonia é a sua característica. Em alguns casos, pecam pelo excesso de discrição, beirando a frieza e até uma certa tristeza, o que não ajuda a atividade comercial. Podem ser ótimos como cor de fundo para salientar e valorizar formas, sem concorrer em demasia com o próprio produto.
As cores têm outras características, igualmente importantes, quanto ao temperamento:
Cores quentes: São aquelas extremamente visíveis e que chegam a agredir os olhos, nas quais predominam o vermelho e o amarelo. Outras cores, quando brilhantes, podem também tornar-se quentes, como o verde-mandarim (tinta acrílica), embora o verde normalmente não seja uma cor quente. São ideais para dar vida a lugares escuros, como subsolos.
Cores frias: São as cores discretas, mais calmas, algumas até meio depressivas, como o roxo, no qual o azul é predominante. O verde é utilizado para pintura de ambientes onde se procura dar maior tranquilidade. Quando se desejar um fundo discreto, as cores frias são as mais indicadas.
Existem inúmeras combinações, mais simples ou mais complexas. Um outro critério, muito utilizado, para a classificação das cores é o que as diferencia em:
Cores pastel: É a combinação de qualquer cor com o branco ou o cinza. Quanto mais se adiciona o branco, mais suave é o resultado. Servem para atenuar algumas cores que são vibrantes ou tristes demais. As tintas utilizadas nos interiores das edificações são, quase sempre, em cores pastel.
Cores complexas: Resultado da mistura de muitas cores. Mais difíceis de serem conseguidas, proporcionam muitas vezes resultados sutis e refinados. O verde-musgo, por exemplo, combina amarelo, azul, vermelho, preto e branco em doses muito precisas. São próprias para clientela de alto poder aquisitivo e culturalmente bem informada.
Outras considerações
Uma vez que a percepção e a apreciação das cores estão sujeitas a muitas variáveis — principalmente o gosto da época — não é possível estabelecer regras rígidas para sua utilização. Algumas considerações gerais, no entanto, podem ser úteis:
Significados culturais e psicológicos são atribuídos às cores. No Brasil, o branco significa pureza. No Oriente é sinal de luto. As cores da Bandeira Brasileira têm valores positivos para todos os brasileiros, mas em algumas culturas o verde, o amarelo e o azul têm sentidos negativos. Algumas cores têm significados quase universais como o vermelho, por exemplo, que é associado à paixão, guerra e fogo, em quase todas as culturas. A influência das cores no comportamento das pessoas pode ser tão significativa que até alternativas terapêuticas, como a cromoterapia, estão sendo propostas, utilizando seus atributos, como acalmar, estimular, alegrar etc.
As cores usadas devem ser compatíveis com o público-alvo. Uma clientela mais sofisticada apreciará combinações de cores mais sutis, enquanto o público mais jovem preferirá as mais chamativas ou da moda. Em decoração de lojas, aquelas que atendam diferentes tipos de público não devem usar cores que satisfaçam apenas a um tipo de clientela.
As cores influem na aparência e contribuem muito para marcar a personalidade do estabelecimento, do produto ou ainda de sua comunicação visual. A escolha deve considerar todas as características do ambiente físico da loja, do público-alvo, dos serviços e dos produtos oferecidos. Em um espaço comprido e estreito, por exemplo, uma parede de fundo amarelo poderá contribuir para atrair as pessoas para o interior. Cores claras, especialmente as próximas do branco, contribuem para melhorar o nível de iluminação e alegram os ambientes. As compras por impulso são favorecidas pelo uso das cores quentes, que também estimulam o apetite, sendo recomendadas para lanchonetes e restaurantes. As cores vibrantes, quando usadas em displays e cartazes, também ajudam a chamar a atenção para um produto que não tenha a embalagem apropriada ou uma forma vistosa.
Juntamente com o logotipo e outros elementos de comunicação visual, as cores configuram a personalidade do empreendimento. São as primeiras informações que o estabelecimento passa à clientela. Esse fato deve ser considerado no planejamento tanto de áreas externas como internas.
O simbolismo da Cor
Ao criar um modelo de cores para seu projeto, considere os aspectos simbólicos e psicológicos da cor, bem como a sua fisiologia e os vários princípios de harmonia e contraste.
Enquanto olhamos para uma cor, podemos inconscientemente associá-la a diversos símbolos e isto pode afetar seriamente nossa percepção de qualquer peça.
O simbolismo da cor possui uma história longa e complexa, que é por demais detalhada para caber aqui. Não é preciso dizer que as associações de cores correntes são o resultado de milhares de anos de desenvolvimento e, conseqüentemente, contêm muitas redundâncias e relações aparentemente contraditórias. Desde os primórdios do século XX, porém, o simbolismo caiu de moda, sendo substituído por pesquisas sérias sobre os aspectos psicológicos da cor. Boa parte destas pesquisas foi custeada pela Madison Avenue (endereço clássico da publicidade americana), que estão sempre à busca de novas formas de atrair a atenção.
Já há muito tempo se suspeitava que os esquizofrênicos e outras pessoas com problemas mentais tinham diferentes impressões das cores do que as pessoas normais, embora a exata percepção do mundo através dos seus olhos não possa ser provada. Embora muitos indivíduos possam ter uma receptividade levemente diferente a diversas cores, as percepções das cores são suficientemente semelhantes para que generalizações abrangentes possam ser feitas.
Embora o simbolismo e os efeitos de cada mescla e nuança em particular possa preencher vários volumes, é útil ter um guia básico do simbolismo das várias cores. As seções a seguir apresentam uma rápida passada sobre as seis cores básicas — vermelho, laranja, amarelo, verde, azul c magcnta — bem como preto e branco.
Vermelho
O vermelho provavelmente possui a mais ampla faixa de associações entre todas as cores devido às suas raras ocorrências na natureza. O rosa, uma mescla do vermelho, é a cor do rubor, o que leva a associações interessantes de amor ("o enrubescer do amor") e vigor ("o rubor da saúde"). Leves mesclas arroxeadas de vermelho são também tradicionalmente associadas com a verdade. O vermelho é associado ao fogo e ao calor intenso, mais do que qualquer outra cor, exceto o amarelo vivo. Tons claros de vermelho são também associados com paixão intensa, força e coragem.
Porém, o lado passional do vermelho possui também conotações negativas, transformando-o no vermelho da impetuosidade c do ódio. E a cor da inverdade e também a cor do orgulho. O mesmo vermelho que está associado ao rubor, está também associado à vergonha e à timidez. Quando tingido com roxo, o vermelho torna-se a cor do sangue, a cor da guerra e da violência. Devido à associação com o sangue, o vermelho também se torna a cor do martírio, do sacrifício e da bravura.
O vermelho é uma cor extremamente dominante e é rapidamente percebida pelo olhar. Contudo, é também de uma tonalidade incrivelmente intensa que
rapidamente cansa os olhos. Como consequência, grandes quantidades de vermelho são raramente usadas para alguma coisa, e geralmente se desencorajadas. O vermelho é também preferido por extrovertidos e é às vezes usado por terapeutas de cores para combater a depressão.
Laranja
Juntamente com o amarelo, o laranja é uma das cores mais brilhantes c uma das mais naturalmente intensas de todas as cores. O laranja forte é tão incomum c intenso que é uma das cores mais difíceis de se contemplar. Em média, é a mais quente entre as cores quentes e a mais estável e tranquilizadora. O laranja é principalmente um matiz da terra e possui muitas associações com madeira e sujeira. Muitas das tonalidades de marrom estão baseadas no laranja e, consequentcmcntc, o laranja é uma das cores que mais ocorrem na natureza. O marrom é também tradicionalmente associado à força, solidez e maturidade.
Como o amarelo escuro, o laranja escuro é tradicionalmente associado à desconfiança
e à falsidade. Alem disto, embora esteja associado à força, o marrom está também associado à tristeza e à melancolia — talvez devido à sua associação com o outono e a decadência. O laranja está também associado à lentidão e à preguiça.
O laranja é bem mais brando que o amarelo ou o vermelho e, logo, é uma tonalidade refinada e útil. As variações do laranja são frequentemente usadas para o interior de casas. Estudos mostram que o laranja é, em geral, associado ao apetite e é usado com frequência no design das cores de restaurantes, mais notavelmente de locais de fast-food.
Amarelo
O amarelo puro é uma das cores mais brilhantes e intensas de todas. Por isso, tem sido tradicionalmente associado com a riqueza e a nobreza. E também uma das cores mais espirituais. (Jesus e os santos são em geral representados na arte Cristã como se tivessem auréolas amarelas ou douradas.) O amarelo está diretamente associado com o Sol e, como consequência, com o calor. E também tradicionalmente o símbolo da generosidade radiante.
Por outro lado, as nuanças de amarelo trazem consigo uma gama de conotações negativas. O amarelo pardo é uma cor da inveja e da má fé. (Judas é em geral representado usando vestes amarelas.) E também tradicionalmente associado com covardia, indecência e sensacionalismo — daí o "jornalismo amarelo." O amarelo é a cor da urina e da icterícia e está também tradicionalmente associado com decadência, doença e degeneração.
O amarelo tingido de verde é também um símbolo de enfermidade. Bandeiras amarelas são usadas por embarcações navais para indicar que um navio está sob quarentena, e os hospitais hasteavam bandeiras amarelas durante as épocas de guerra. Não há nenhuma dúvida que o amarelo esverdeado é uma das cores mais fortemente evitadas e, em geral, as composições podem passar sem ela.
O amarelo cm geral parece mais brilhante que o branco, especialmente na impressão. Chama muito a atenção, mais até mesmo que o vermelho- Ele não pode atrair a atenção por si mesmo — é preciso ser usado em contraste com uma outra cor. Devido ao seu brilho percebido, é em geral extremamente útil em composições escuras.
Verde
O verde é uma outra cor extremamente brilhante. Devido à sua predominância
durante a primavera, o verde está normalmente associado à vida, natureza, juventude e vigor. Isto também leva a associações com esperança, disposição e abundância. Nos primeiros rituais cristãos, o verde era usado para simbolizar a Ressurreição e a Santa Trindade e, consequentemente algumas nuanças de verde — mais especialmente o esmeralda — tornaram-se carregadas com poder religioso. De qualquer forma, uma associação comum do verde é com a imortalidade, devido ao seu reaparecimento cíclico a cada primavera. O oliva, uma nuança de verde, é a cor dos monótonos uniformes militares, mas é também a cor tradicional da paz, como em "estender um ramo de oliveira" ao inimigo.
Embora o verde pareça carregar algumas conotações negativas — as pessoas são ditas estando "verdes de ciúmes" ou com uma cor "verde doentia" — é obvio, a cor a que se refere é o amarelo-verde e não o verde puro. Um verde amarelado recebe parte dos aspectos quentes do amarelo sem receber as conotações negativas do amarelo-verde.
O verde apresenta uma ampla faixa de variância e, portanto, há poucas regras concretas que governam o seu uso. Verdes mais escuros tendem a ser cores frias bastante calmantes, enquanto verdes claros são em geral quentes, energéticas e atraentes.
Azul
Como o verde, o azul é uma cor poderosa da natureza. O azul claro é a cor anil do céu. E também uma poderosa cor associada com o Céu, com a divindade e especialmente com o amor divino. E um símbolo de sabedoria (a deusa romana Minerva está tradicionalmente vestida de azul, e olhos azuis são considerados um símbolo de inteligência). É também uma cor sagrada c não apenas Minerva mas a Virgem Maria e São João são, em geral, representados com roupas azuis. É a cor da esperança e da generosidade. Quando tingido de roxo, torna-se o sangue azul da nobreza; quando tingido de verde, torna-se a cor do mar.
O azul é uma das tonalidades mais frias de todas c suas mesclas esverdeadas são talvez as cores mais geladas de todas. Além de estar associado ao frio, o azul é também associado à depressão, melancolia e tristeza profunda. É em geral usado para representar o vociferar e a zanga, como em "azul na face."
O azul é famoso por seus efeitos incrivelmente calmantes. Contudo é uma cor difícil em que se concentrar e em geral borra ou escorre para dentro das cores à sua volta, o que pode torná-la inadequada para o uso em ambientes escuros. Isto também significa que o azul raramente prende o olhar a menos que seja também escandalosamente brilhante.
Magenta
O magenta c uma das tonalidades mais difíceis de se caracterizar e realmente não possui nenhuma conotação própria. Quando tingido de vermelho torna-se roxo, porém, assume conotações positivas. O roxo é uma das tonalidades mais luxuosas e ricas, e está tradicionalmente associado à realeza. Como também é tradicionalmente o complementar do amarelo, o roxo está associado à espiritualidade e à imortalidade, e é normalmente encontrado com o amarelo nas cerimónias orientais.
Quando tingido de amarelo, o magenta torna-se violeta. O violeta possui muitas das características do azul, embora seja muito mais profundo que a maioria dos azuis. A medida que o violeta se aproxima do azul, torna-se índigo, o mais escuro dos azuis e a cor do céu noturno.
Branco
O branco é em geral visto como a mais pura das cores, imaculada por cor alguma e intocada por pigmento algum. Portanto, não deve ser surpresa que seja visto como um símbolo da pureza e da castidade. Ao longo dos tempos, também adquiriu aspectos de inocência, sinceridade e modéstia. As associações com castidade e pureza levaram a ligações com virgindade e feminilidade. Nos tempos romanos, amizade, sinceridade e amor eram em geral personificados com vestes brancas. O branco não é uma cor puramente positiva, c a palidez c normalmente associada à doença e à fragilidade. Em culturas asiáticas, o branco é a cor da morte e do pesar.
Preto
O preto é a antítese do branco e, consequentemente, muitos de seus significados são também diametralmente opostos. Significa depressão e escuridão. O preto puro inalterado também está associado à morte, ao desespero e ao temor. O preto está associado com a atividadc criminal — os piratas, por exemplo, hasteiam bandeiras pretas — e mal presságios são em geral citados como preto. Quando temperado com branco, o preto torna-se menos severo e contém conotações de prudência, humildade, resolução, solenidade e sigilo.
Disco de Cores Subtrativas
Como Itten era um pintor, seu disco de cores original estava baseado nos princípios da combinação subtrativa de cores. Infelizmente, Itten cometeu o engano de usar vermelho, amarelo e azul como cores primárias apesar do fato do ciano, magenta e amarelo serem as cores primárias da combinação subtrativa.
Na Figura 2.5, o disco de cores de Itten foi ajustado de modo a empregar as cores primárias subtrativas adequadas: ciano, magenta e amarelo. Embora o efeito geral seja bem semelhante, há várias diferenças notáveis. As faixas de azul e violeta do disco de cores corrigido são muito mais destacadas, enquanto as amarela e laranja são bem menos proeminentes. O disco de cores subtrativas de Itten é mais equilibrado e esteticamente agradável, mas o disco de cores subtrativas correto nos dá uma ideia melhor de como as cores podem ser combinadas.
Disco de Cores Aditivas
Há poucos disco de cores hoje que demonstrem os princípios da combinação aditiva de cores. Isto é lamentável porque as fronteiras em expansão dos meios digitais e eletrônicos faz o uso de tais discos mais importante que nunca. Para este livro, um novo disco de cores aditivas foi gerado, que deve se mostrar extremamente útil para designers em computadores.
Para os que já viram discos de cores subtrativas no passado podem ficar chocados pelo disco de cores aditivas apresentada na Figura 2.6. O disco de cores aditivas possui uma semelhança superficial com o disco de cores subtrativas, mas o equilíbrio das cores é radicalmente diferente. A natureza dos fundamentos da luz tende a favorecer uma pesada distribuição de azuis e verdes, enquanto amarelo e vermelho criam somente um leve impacto sobre o disco de cores. Este mesmo tipo de distribuição pode ser observado no espectro solar, que é dominado pêlos comprimentos de onda azuis da luz enquanto uma parcela pequena é dedicada aos comprimentos de onda vermelhos.
FIGURA 2.4 - O disco de cores original de doze passos deJohannes Itten.
FIGURA 2.5 - Este disco de cores corrigido representa as relações entre as cores na combinação suhtrativa de cores.
FIGURE 2.6 - Este disco de cores representa exatamente as relações entre as combinações de cores aditivas.
Devemos observar que as cores aditivas não fazem a transição para a impressão subtrativa muito bem. Por isto, vários exemplos neste capítulo podem parecer levemente estranhos. Procure replicar algumas das figuras de exemplo no monitor para conseguir uma imagem melhor de como alguns destes princípios funcionam.
Cores Neutras
Um grande grupo de cores omitidas pelo disco de cores é o das cores neutras, que são cores que não são influenciadas por nenhuma cor de forma alguma — em outras palavras, cinzas.
Embora haja um número infinito de cinzas entre preto e branco, o olho percebe uma escala de cinza de 256 passos como uma gradação suave entre branco e preto. Uma escala de cinza simples de doze passos aparece na Figura 2.7.
FIGURA 2.7 - Uma escala simples de cinza com doze passos, mostrando- como uma progressão de tons de cima corre naturalmente.

FIGURA 2.8 - Quando se combina vermelho e branco, cinza e preto, as cores resultantes geralmente não são tão intensas como a original, mas quando apresentadas como um todo, elas mostram uma variedade muito maior.
Os cinzas são denominados cores neutras porque não possuem personalidade por si mesmas — uma composição feita totalmente em cinza parece plana e de certa forma estéril. Os cinzas adquirem personalidade quando os colocamos em uma composição com matizes cromáticos, onde os cinzas tendem a assumir as características dos matizes à sua volta. Como consequência, grande número de artistas se desviam de seu caminho para evitar o cinza, porque os resultados podem ser extremamente variados.
Mesclas, Nuanças e Tonalidades
Mesmo quando se adicionam cores neutras a matizes puramente cromáticos do disco de cores, há um número desconcertante de cores que permanecem não consideradas no disco das cores. Empiricamente, sabemos que há mais de uma cor de vermelho — há os vermelhos escuros e os vermelhos claros, há os vermelhos apáticos e os vermelhos intensos. Estas cores são resultado de matizes puros combinados com diferentes quantidades de preto, branco e cinza, como demonstrado na Figura 2.8.
Quando se combina um matiz puro com o branco, o resultado é denominado mescla daquele matiz. O rosa, por exemplo, é uma mescla de vermelho, do mesmo modo que alfazema é uma mescla de violeta. Mesclas sutis de um matiz tendem a ser dificilmente percebidas — enquanto mesclas mais patentes tendem a parecer mais como cores pastéis.
Quando se mistura um matiz puro com preto, o resultado é denominado uma nuança da cor. O índigo, por exemplo, é uma nuança de azul, enquanto o castanho avermelhado é uma nuança de magenta.
Quando uma cor pura é misturada com o cinza, o resultado é denominado um matiz da cor. O amarelo áureo, por exemplo, é um matiz de amarelo, enquanto o lilás é um matiz de roxo. Tons claros como o azul acinzentado tendem a ser bem serenos, enquanto matizes apáticos como o oliva tendem a ser um tanto insípidos.
Mescla, nuanças e tonalidades podem ser aspectos muito úteis de qualquer escala de cores. Permitem que uma única cor se expresse uma faixa de sentimentos muito mais ampla e portanto adiciona variabilidade a composições que, de outra forma, seriam desinteressantes.
Tons de vermelho, laranja e amarelo são geralmente denominados marrom ou bege. Embora algumas fontes se refiram ao marrom como uma cor neutra, elas estão erradas. Apesar de boa parte da personalidade da cor básica ter sido eliminada na mistura do marrom, resta quantidade suficiente da cor para que parte de sua personalidade fundamental se faça sentir.
Bibliografia
GOLDING, Mordy; WHITE, Dave. Guia do Designer da Web para cores. São Paulo: Quark do Brasil, 1997.
UGAYA, Eurico; Como Montar ou Renovar sua Loja. São Paulo: Senac, Makron: 1993.

PSICOLOGIA DAS CORES

A escolha das cores é fundamental para uma boa harmonia dos elementos de um site. Ela pode enfatizar textos, imagens e caracterizar especialmente os elementos da página.
A cor exerce influência decisiva nos olhos dos seres humanos, afeta a atividade muscular, mental e nervosa. A combinação das cores afeta o psicológico e pode tornar um ponto importante no interesse do público em seu site.
A combinação certa pode causar efeitos como de excitação, urgência, contentamento, calma, vulgaridade, melancolia, segurança etc., e ainda destacar algum elemento em relação a outro.
Na Web a seleção de uma cor é um pouco complicada, pois é impossível garantir que uma determinada cor irá se apresentar no monitor do usuário como ela realmente é, ou seja, como a que o designer colocou.
Isto acontece devido ao fato de cada monitor ter uma especificação diferente, uns podem trabalhar com mais vermelho, ser mais brilhante, ter mais contraste e etc., e ainda cada um pode estar configurado com uma determinada resolução como 640x480 pixels, 800x600 pixels e assim por diante.
A combinação desses fatores é que irá determinar a fidelidade e a reprodução de cores e a qualidade das imagens.
Abaixo você poderá visualizar algumas sensações “psicológicas” conhecidas:
As cores e os efeitos psicológicos
Sensações visuais + significado:
Branco – pureza
Preto – negativo
Cinza – tristeza
Vermelho – calor, dinamismo
Rosa – graça, ternura
Azul – pureza, fé
Sensações Acromáticas Branco: inocência, paz, divindade, calma, harmonia, para os orientais pode significar morte, batismo, casamento, cisne, lírio, neve, ordem, simplicidade, limpeza, bem, pureza.
Preto: sujeira, sombra, carvão, fumaça, miséria, pessimismo, melancolia, nobreza, seriedade. É expressivo e angustiante ao mesmo tempo. Alegre quando combinado com outras cores.
Cinza: pó, chuva, neblina, tédio, tristeza, velhice, passado, seriedade. Posição intermediária entre luz e sombra.
Sensações Cromáticas Vermelho: guerra, sol, fogo, atenção, mulher, conquista, coragem, furor, vigor, glória, ira, emoção, paixão, emoção, ação, agressividade, perigo, dinamismo, baixeza, energia, revolta, calor, violência.
Laranja: prazer, êxtase, dureza, euforia, outono, aurora, festa, luminosidade, tentação, senso de humor. Flamejar do fogo.
Amarelo: egoísmo, ciúmes, inveja, prazer, conforto, alerta, esperança, flores grandes, verão, limão, calor da luz solar, iluminação, alerta, euforia.
Verde: umidade, frescor, bosque, mar, verão, adolescência, bem-estar, paz, saúde (medicina), esperança, liberdade, paz repousante. Pode desencadear paixões.
Azul: frio, mar, céu, horizonte, feminilidade, espaço, intelectualidade, paz, serenidade, fidelidade, confiança, harmonia, afeto, amizade, amor, viagem, verdade, advertência.
Roxo: fantasia, mistério, egoísmo, espiritualidade, noite, aurora, sonho, igreja, justiça, misticismo, delicadeza, calma.
Marrom: cordialidade, comportamento nobre, pensar, melancolia, terra, lama, outono, doença, desconforto, pesar, vigor.
Púrpura: violência, furto, miséria, engano, calma, dignidade, estima.
Violeta: calma, dignidade, estima, valor, miséria, roubo, afetividade, miséria, calma, violência, agressão, poder sonífero.
Vermelho-alaranjado: sexualidade, agressão, competição, operacionalidade, desejo, excitabilidade, dominação.
A escolha da cor sofre influência da moda, das tendências e da decisão do designer.
Harmonia e Contraste
Espaços em branco podem ser definidos como áreas que não contenham textos, imagens ou qualquer outro elemento gráfico. Saber balancear o conteúdo e o espaço em branco em um site é a chave para manter a harmonia dos elementos dentro da página e prender a atenção do usuário.
A conseqüência da má utilização desse recurso é não ter um bom equilíbrio, assim os olhos ficam confusos pois não existirá uma progressão visual para o internauta seguir e conseqüentemente ele perderá o interesse pela página.
O que pode ser feito para que isto não aconteça é seguir as recomendações de alguns "gurus" em design:
"Não coloque o máximo de informações dentro de uma página".
"Os espaços vazios reforçam a unidade de grupos, harmonizam as áreas, aumentam o contraste e facilitam a visualização e leitura".
Em geral as cores claras e quentes elevam e expandem, por isso, no passado era comum casas com o teto pintado de azul e paredes amarelas, a sensação que passava era de mais espaço. Por exemplo, nunca se deve pintar um teto de preto ou roxo, essas cores passariam a sensação de opressão e clausura.
Visibilidade
Amarelo e Azul são as cores que melhor se lêem a distância
O contraste preto-amarelo se vê desde mais longe
O contraste preto-branco tem um valor neutro
O contraste vermelho-verde é o que menos se percebe
Em geral os elementos gráficos escuros sobre fundo claro se percebem melhor que o contrário.
Daniele Viana - Blog
o-portfolio-parte1
http://www.danielevsilva.com/o-portfolio-parte1/
Portfólio - Técnicas, dicas e exemplos de criação (atualizado)
Publicado em 20/11/08, na categoria Elementos e técnicas, Webdesign
(atualizado com novos exemplos)
Projetar seu portfólio é provavelmente a coisa mais frustrante do mundo.
Todos os colegas com quem conversei falam da dificuldade de concluir e das dezenas de vezes que abandonam e recomeçam.
Esse meu site mesmo, que além de blog, serve como portfólio passou por umas 4 tentativas até terminar desse jeito, ele inclusive chegou a ser rosa e com florzinhas coloridas, mas todos as versões estavam mal acabadas do tipo “vamos deixar assim por enquanto”. E confesso que ainda não estou completamente satisfeita com a versão atual, tenho idéias novas pra ele todos os dias…
Evidentemente é a nossa ligação com o trabalho que prejudica o julgamento na hora da criação.
As pessoas com quem converso e que reclamam de seus portfólios geralmente o fazem por motivos pequenos, por um perfeccionismo quase sem explicação. Em muitos casos o trabalho é fantástico, mas pra ele ainda falta alguma coisa… É quase uma lei básica da natureza “todos devem estar insatisfeitos com o próprio portfólio”….
Em primeiro lugar o que é um portfólio?
Basicamente é a forma de tornar seus trabalhos portáteis. É tê-los em mãos, reunidos em um só lugar (pasta, web, cd) para uma exibição rápida quando necessário. Através do portfólio, entre outras coisas, as empresas contratantes tem a chance de avaliar e traçar uma linha da sua evolução e crescimento profissional.
Como era o trabalho dele em 2000? E em 2006? Quanto o profissional evoluiu com relação ao mercado? Ele conseguiu acompanhar? As respostas para essas perguntas devem estar no seu portfólio
Como começar?
Do começo é claro, projetando, criando o layout. Nós sempre ouvimos falar do quanto é importante inovar e investir em coisas diferentes, mas na hora de criar um portfólio temos que ter certeza absoluta do que pretendemos alcançar com ele, e torná-lo familiar ao publico alvo.
Se você é programador, mostre programação, se vc trabalha com flash e interação, mostre isso! Se você que ser contratado como designer “layout em primeiro lugar” e assim por diante.
Não pense em trabalhar um portfólio com animações incríveis e interação absurdamente maluca se vc deseja trabalhar com padrões web…. Não faz sentido algum…. Já vi pessoas sendo criticadas por construir um portfólio em flash pois não era acessível a certas situações, mas o criador só trabalhava com flash! E muito bem por sinal! ele buscava uma colocação nessa área, porque ele tentaria usar de outras ferramentas e acabar prejudicando o resultado? É tudo uma questão de caso….
Voltando ao layout: Lembre-se que o portfólio será o seu conhecimento técnico aliado a sua capacidade de resolver problemas.
Você pode e deve seguir um conceito, mas quanto menos específico ele for, mais amplo será seu publico alvo (evidentemente). Se você escolhe um estilo distressed dificilmente vai encher os olhos de uma empresa voltada para o desenvolvimento de sites corporativos e de negócios. Então tente ser neutro, mas sem ser previsível ou básico demais.
O que colocar?
No portfólio digital você não vai poder estar ao lado para apresentar as peças e escolher a ordem que o contratante deve navegar qual trabalho ver primeiro, etc, então todo o conteúdo deve ser agradável e interessante, pois eles podem começar de qualquer lugar, se, de inicio, se depararem com um longo texto sobre a sua infância e as maravilhas do lugar onde nasceu, pode ser que nem cheguem a ver os trabalhos.
É importante constar informações resumidas de localização, contato, conhecimentos, formação acadêmica, áreas de interesse e seu currículo pra download.
É no currículo que as informações acima devem ser detalhadas, se o contratante quiser detalhes, é lá que ele vai procurar.
No portfólio, exponha o suficiente para despertar o interesse, mas não se esqueça que ele não substitui o currículo, apenas complementa. Muitas vezes o setor que analisa os concorrentes não é o mesmo que contrata, então é sempre necessário uma versão de fácil impressão que possa ser apresentada a parte competente.
E os trabalhos?
Antes de começar esse artigo, eu dei uma procurada pela net para ver o que as pessoas estavam dizendo a respeito, e encontrei coisas bem interessantes como no letsrider e no webinsider.
Em geral as pessoas sugerem que se monte um portfólio apenas com seus melhores trabalhos alguns sugerem começar pelos seus 3 melhores. Eu penso que essa não é a melhor idéia.
Como falei no inicio, o portfólio deve mostrar a sua evolução como profissional e a sua capacidade de aprendizado.
Exponha o maior número de casos possível, ordene por ano de criação, deixando os mais recentes primeiro, é provável que esses sejam os melhores, então não há porque temer. Se não forem, faça um breve estudo do caso, explique suas dificuldade e como você trabalhou para superá-las, esclareça o que o impediu de atingir seu potencial, se foram exigências do cliente, publico alvo, dificuldades técnicas ou de equipe, investimento financeiro. Se o problema for o cliente, aquele tipo que gosta de alterações que comprometem todo o trabalho, seja critico no estudo do caso, mas nunca seja ofensivo.
E como eu falei, exponha o maior número de trabalhos possível, mostre não só a sua capacidade criativa, mas também a sua experiência profissional.
Tá, mas e eu que ainda não tenho nenhum cliente?
Eu encontrei muitas pessoas com essa dificuldade: como criar um portfólio se eu estou começando agora e ainda não tenho trabalhos pra mostrar?
O melhor jeito é criar e criar e criar.
Desenvolva sites para amigos e familiares, eu quando estava começando, costumava dar sites de presente de aniversário, fazia uma especie de fotolog comemorativo, foi assim que comecei a aprender o tratamento de fotos.
Fã clube também é uma ótima sugestão. Normalmente eles tem fotos maravilhosas de artistas e fáceis de trabalhar, vai agregar valor a sua apresentação e ao mesmo tempo alegrar o pessoal que se dedica ao artista.
Outra opção que me agrada muito são as Organizações não Governamentais/Ongs, ao mesmo tempo que você ganha portfólio, ajuda o desenvolvimento dos projetos sociais.
Em último caso existe a opção de inventar empresas. Se você tem uma idéia pra sapataria, por exemplo, mas não tem um cliente, desenvolva o site, hospede no seu domínio e dê a ela um nome como “Sapataria seu nome aqui” para deixar evidente que essa empresa não existe. Mais tarde você pode até conseguir vender o layout pra alguma empresa do ramo.
Por fim…
…Essas são as técnicas que sugiro pra montagem de um portfólio, pois esse artigo já se prolongou demais. Nas próximas semanas pretendo escrever uma segunda parte abordando idéias que podem ser agregadas ao portfólio, tendências, diferenciais e como divulgá-lo depois de pronto.
Para essa seleção de sites eu procurei escolher trabalhos com elementos bem distintos. Espero que seja inspirador pra vc que está procurando uma forma diferente de expor seu trabalho.
Boa sorte!

Informação Importante!

Dentro dos Shopping Centers há pessoas próximas às entradas dos cinemasfazendo uma suposta pesquisa com os jovens (algo "interessante", comocinema, TV, um novo filme a ser lançado...). Pegam então o nome, telefonefixo e residencial, endereço e algumas característas como as roupas, cor docabelo, etc etc etc do seu filho.Depois que as pessoas entram no cinema, eles esperam alguns minutos,ligam para a pessoa que foi "entrevistada" para ver se o celular está mesmodesligado e, se estiver, eles ligam para a casa da pessoa.O bandido diz o nome completo do seu filho (o que já assusta), ascaracteristicas como cabelo, estatura, roupas e diz ainda "Ligue paraseu filho, se acha que estou mentindo... o nº dele é 9XXX - XXXX? Estádesligado..."(pronto, se ele sabe até o nº do celular de seu filho, só pode serverdade). E como um filme dura em média 2Hs, demora muito para voce conseguirligar e ser atendido. Aí voce já está em pânico e pronto para fazer o que o bandido lhe pedir.

AVISO DE UM DELEGADO DE POLÍCIA:*"Isso não é boato, é fato.** **Instruam seus filhos a não responderemnenhuma entrevista ou pesquisa nas ruas e fornecer informações curricularesapenas diretamente para empresas. Não coloquem curriculum em sites....Nunca desliguem os celulares... coloque-os em "silencioso".Em caso de cinemas, coloque-o para que simplesmente acenda a luz...Assim saberão se algum parente está ligando... O nível de inteligência dos bandidos está aumentando...Temos que nos precaver cada vêz mais****